30 de junho de 2015

DINHEIRO, P'RA QUÊ DINHEIRO...

Houve tempo em que dinheiro era guardado em baixo do colchão. Depois se achou melhor entregar ao banco para cuidar. Assim começou toda aquela evolução(?) que conhecemos. Veio o Cartão de Crédito – não era mais preciso guardar dinheiro, gastava-se o dinheiro do futuro. Mas para quem insistia em ter dinheiro de reserva no banco veio o cheque e finalmente o Cartão de Débito. Ambos os cartões vieram com um vírus embutido: ele estimula o ato de gastar e com isso ajuda a “economia” a crescer. E o mundo ficou feliz.


Sempre nos é dito que a ECONOMIA tem que crescer e insinuam que teremos uma vida melhor. MESMO? Não sei, mas me ocorre que lá no passado, antes que se falasse em crescimento, pagava-se por uma passagem de ônibus ou bonde o equivalente a cerca de vinte centavos. Hoje ela custa três ou quatro reais.


É covardia comparar os tempos, além de ser mania dos velhos achar de que “antigamente” tudo era melhor. Mas uma coisa posso afirmar com certeza, quem se beneficia de verdade com essa história de CRESCIMENTO é uma entidade abstrata, porém poderosa. Ela se apavora quando o mercado sinaliza queda de vendas. Falta de crescimento significa menos investimentos, menos dívidas e menos juros. E é de juros que ela vive.


Agora imagine-se que esta nossa sociedade, até aqui um tanto perdulária, volte a ter o comportamento dos nossos pais ou avós, ou seja, comece a economizar, guardar dinheiro. Isto NÃO PODE acontecer. Tanto é que os bancos centrais do mundo ocidental se reuniram em Londres no fim do mês passado, para discutir medidas cabíveis ou aplicáveis que permitam restringir drasticamente a circulação de dinheiro vivo, cash. Alguns países já praticam regras neste sentido. Entre as possibilidades analisadas estão a limitação do valor das compras a dinheiro, juros negativos para poupanças, impostos sobre as mesmas e por aí afora.


Estas notícias vêm sendo oficialmente justificadas com a necessidade de proteger o sistema financeiro mundial que estaria demonstrando certa fragilidade. Será isso mesmo? Ou é coisa da NOM? Seja lembrado que a Nova Ordem Mundial vai necessitar, ou necessita, de meios e ferramentas para manter as populações submissas ao seu comando. Racionar e controlar os meios de pagamento, dos quais cada pessoa dispõe, é torná-la totalmente dependente.


Por toda esta semana que antecede ao plebiscito, em que o povo grego decidirá sobre o futuro financeiro do país, os bancos da Grécia permanecerão fechados. Os caixas automáticos liberam 60 euros por dia por pessoa (enquanto funcionarem). Leio num portal europeu de ontem: FIM DA DEMOCRACIA NA EUROPA. UM CHEFE DE ESTADO OUSA CONSULTAR SEU POVO. DIA SEGUINTE FECHAM OS BANCOS. ESCRAVIZAÇÃO DO POVO PELO MEDO. LEVANTA-SE O DEMÔNIO TOTALITÁRIO QUE ACABA COM AS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS ATRAVÉS DA DITADURA DOS CAIXAS AUTOMÁTICOS.


É, não é um raciocínio descabido. Já se falou muito na implantação de um CHIP, a fim de se ter um controle absoluto sobre as pessoas. Talvez não seja necessário, o DINHEIRO PLÁSTICO poderá exercer a mesma função. É só acabar de vez com o numerário vivo, aquele que dá p'ra pôr em baixo do colchão.


Talvez eu esteja errado e quando o nosso ministro fala em “crescimento da economia” possivelmente esteja mesmo pensando em nosso bem-estar.

Toedter