Não
pode mais ser segredo para ninguém, os meios de comunicação, a
chamada mídia, obedece a uma orientação centralizada. Sai de cena
a Síria, sai de cena o “ditador” Assad, entram em cena a Bélgica
e seus terroristas. Sai de cena a dengue, entra a gripe. Nós aqui
estamos tão preocupados com os acontecimentos na nossa área
política, quando na realidade as decisões são tomadas lá fora.
AGENDA
21
Como
ocorreu à maioria, alguma vez ouvimos ou lemos a palavra AGENDA 21,
mas não demos maior importância. Pois parece que deveríamos.
Agenda 21 é um documento que resultou da conferência que a ONU
realizou em 1992 no Rio de Janeiro. Tem mais de 300 páginas e foi
assinado por 180 países. A pergunta que se deve fazer hoje é, se os
respectivos delegados que assinaram, EM NOME DOS SEUS PAÍSES, este
tratado, eles realmente o leram? E, se leram, o entenderam?
Há
várias formas de conquistar poder, domínio, seja sobre indivíduos,
seja sobre povos. As armas e a força têm sido largamente
utilizadas, mas existem também recursos sub-reptícios. Tudo indica
que essa “agenda” faz parte desta categoria. E, pior, seus
preceitos já estão largamente sendo implementados.
A
- O que se esconde por trás da AGENDA 21?
A
AGENDA 21 define encargos e procedimentos aparentemente destinados a
promover um desenvolvimento ambientalmente compatível, sustentável,
ou seja, adequado a preservar o futuro. A palavra “agenda” indica
que essas obrigações têm prazo determinado para serem
implementadas.
Sob
justificativa da integração de aspectos ambientais, são
relacionadas minuciosas instruções em todas as áreas políticas
que produzirão reformas revolucionárias das estruturas dos Estados,
da convivência social e da orientação de vida de cada um de nós.
Intensa atividade de lobby ideológico e de outros grupos de
interesse fizeram incluir em todas as partes da agenda, sempre sob o
disfarce do meio ambiente, objetivos que ultrapassam longe o tema
ecológico. Cada área da sociedade é descrita e tratada de tal
maneira a que possa ser instrumentalizada para dar ao Estado um novo
formato. Partindo de postulados inicialmente evidentes relativos à
proteção ambiental – isto em países industrializados – ou à
proteção ambiental – nos países emergentes, são ativadas forças
socialmente relevantes nas comunidades ou nos estados com base no
assim chamado processo-agenda, que então, supostamente, conduzirão
a um “belo Novo Mundo”.
B
- Obediência cega, em lugar de debates abertos.
Com
a Agenda 21 se pretende subordinar as nações existentes à ONU,
submetendo-as à sua prospecção com ajuda das incontroladas,
não eleitas e democraticamente não autorizadas ONGs.
Isto quer dizer que Estados soberanos, constituídos em liberdade e
democraticamente, estão sendo desautorados, rebaixados a simples
regiões administrativas. Tudo o que até agora constituiu a
sociedade, as associações, os atores econômicos, o matrimônio e a
família, o comportamento pessoal de cada indivíduo serão
subordinados a uma doutrina. Esta se procura justificar moralmente
com proteção ambiental, defesa do clima e ajuda aos pobres.
Às
claras, portanto, trata-se de uma tentativa de construir um domínio
totalitário sobre cada cidadão e toda a sociedade, ao qual ninguém
possa escapar, pois acontecerá no mundo todo. Neste mundo da
“vizinhança global” as ONG (Organizações Não Governamentais)
terão a incumbência de implementar o novo sistema e, como não
eleitas, a ninguém devem responsabilidade. Desmonta-se a democracia
e a liberdade individual vai para o espaço.
Ao
contrário do que seria de se esperar essa Agenda 21 não foi e não
está sendo discutida pela sociedade.
C
– Tese da miséria é pretexto para
cobrança de mudanças revolucionárias.
O
próprio preâmbulo da Agenda 21 já apresenta a atual situação do
mundo de maneira totalmente distorcida. Diz sob 1.1:
“ A
humanidade se encontra em um ponto decisivo de sua história. Estamos
assistindo a uma crescente desigualdade entre povos e entre as
populações, uma pobreza sempre maior, sempre mais fome, doença e
analfabetismo, assim como progressiva danificação dos sistemas
ecológicos, dos quais depende nosso bem-estar.”
Descontados
os efeitos das guerras, que bem sabemos quem as está provocando, é
uma mentira atrevida. Na verdade em todos estes setores ainda existem
grandes problemas, mas estes nos últimos trinta anos não
aumentaram, porém diminuíram.
Exemplos:
Dados oficiais da FAO mostram que em 1969 ainda 36% da população
mundial era desnutrida, o que baixou em 1996 para 19%. Isto apesar de
ela ter crescido em 2,4 bilhões de seres no mesmo período. Os
índices de mortalidade infantil e a assistência médica melhoraram,
fazendo com que entre 1950 e 1995 a expectativa de vida nos países
emergentes subisse de 41 para 63 anos. Na África subiu de 37 para
52, decrescendo agora devido as guerras brutais que lá acontecem.
A
Agenda21 afirma também que as nações industrializadas são as
principais responsáveis pelo pretenso agravamento da situação,
quando são estas justamente as que apresentam o maior progresso. E
são estas às quais se faz, com base nestas falsas informações e
pressupostos, centenas de exigências, para se redimir de sua culpa
através do pagamento de altas subvenções e de uma radical
reformulação do seu sistema econômico e de sua sociedade. Tudo
restritivo às liberdades individuais.
Os
estados nacionais são despojados de poder em favor das Organizações
Não-Governamentais. Pela Agenda eles se obrigam a um diálogo
contínuo e cooperação em alto nível (Cap.2.1).
Divergir vai se tornar difícil.
Os governos devem favorecer e possibilitar a participação das ONGs
na concepção, introdução e avaliação de mecanismos e
procedimentos formais na aplicação da Agenda 21 em todos os níveis.
É
de se notar que essas organizações não terão os controles e as
limitações às quais um governo normal e democrático é obrigado a
se sujeitar. Elas, assim como pessoas isoladas, deverão ter acesso a
todos os dados que considerem relevantes.
Concluindo
seria de se perguntar: O que é uma ONG? Não há regra a respeito.
Pelo menos, não encontrei. Vejo que desde a Associação de
Moradores de Pontal do Sul, passando pelas Lojas do Grande Oriente,
até qualquer federação étnica ou religiosa, podem constituir uma
ONG. Talvez até aquele “Grupo das Vadias” que andou se exibindo
por aí possa se incluir e receber subvenções governamentais.
Então, qual é o sentido deste enorme tratado internacional?
Toedter
P.S.:
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global