3 de maio de 2016

ALEMANHA REAGE?

Aconteceu no último fim de semana a convenção nacional de um novo partido alemão, que pode estar sinalizando alguma forma de renovação na paisagem merkelizada da política alemã e, talvez, europeia. Trata-se do AfD – Alternative für Deutschland (Alternativa para a Alemanha). Já existe há cerca de três anos, período em que sofreu toda sorte de antagonismos, vendo seus partidários agredidos, tachados de nazistas, extrema-direita e coisa que o valha. Suportou mudanças em sua direção, hoje nas mãos de uma jovem mulher, Dra. Frauke Petry.
 O partido venceu as adversidades e agora tem representação importante em oito parlamentos estaduais da RFA. Prepara-se e é bem cotado para as eleições nacionais no próximo ano. Seu nome já diz, pretende ser uma ALTERNATIVA ao marasmo em que se encontra o Estado alemão no qual conservadores se confundem com a extrema mais esquerdista, anarquista e niilista até, conforme aqui já foi exposto. Agora reuniu mais de dois mil delegados com o propósito de estabelecer um programa partidário básico que defina seu posicionamento diante dos desafios da atualidade. Tiveram que enfrentar sérias dificuldades e bloqueios por parte de manifestantes da AntiFa, que deram muito trabalho à polícia. Mas vejamos as principais decisões que foram tomadas e que nem parecem ser daqueles cidadãos e eleitores que em sua maioria davam apoio àquela governança esdrúxula.

* O AfD vai exigir que seja realizado um plebiscito sobre a permanência da Alemanha na União Europeia (igual ao que será realizado agora em junho no Inglaterra).

* Atribuições que foram delegadas à UE devem voltar à alçada dos países-membros. Isto incorporaria também a política exterior.

* A Alemanha só deverá participar de ações da OTAN quando houver mandato próprio da ONU.

* Far-se-ão propostas de alterações no sistema tributário, bem como na política econômica do estado.

* Revogação da Lei sobre energias renováveis (que acabou com a energia nuclear no país) e o propalado Aquecimento Global é posto em dúvida. A velocidade máxima nas Autobahnen voltaria a ser ilimitado, nas estradas passaria a 100 e nos perímetros urbanos a 50 km/h.

* O manifesto renega o bordão criado pela Merkel de que “o Islã pertence à Alemanha”. Aos muçulmanos devem ser impostos limites no exercício de sua fé. Os minaretes, como símbolo de domínio islâmico, são rejeitados, bem como o uso da burca, do cobrimento total, em público.

* Direito de asilo deve ser dado só aos comprovadamente perseguidos políticos e a refugiados provenientes de áreas em guerra.

Assim o ALTERNATIVA PARA A ALEMANHA se mostra decidido, nacionalista e diz que veio para ficar, não só isso, declarou seu propósito de chegar à GOVERNANÇA! Acredito que vá ser difícil. O estrago, a destruição que a bruxa e seus asseclas já realizaram no país me parece irreversível, MAS A ESPERANÇA…

ALTERNATIVA PARA O BRASIL?

Seria bem-vinda, com certeza. Estamos aqui diante de uma mudança nas hostes governamentais, mas quem, honestamente, acredita em melhores dias? O nosso funesto endividamento público torna ridículas as promessas de “voltar a crescer” com as quais homens e mulheres encastelados no poder insistem em nos enrolar.

Também não adianta acreditar em cor. Como já falei acima, os partidos políticos perderam a cor. Não tem mais preto, verde, vermelho, virou tudo cinza. Dos trinta e tantos partidos registrados que temos qual o que caberia efetivamente na tradicional divisão de DIREITA – CENTRO – ESQUERDA? Se perguntado o PSDB diria que é de esquerda, ou na melhor das hipóteses de centro-esquerda, mas o seu representante mais emblemático, conhecido como FHC, consta numa lista dos membros do globalizante COMITÊ DOS 300, ao lado dos Rothschilds, figuras coroadas, banqueiros etc. Quem logo vai pretender ocupar novamente um lugar ao sol é a esquerda/verde Marina, cujos partidos são “sustentabilizados” pelo Banco ITAÚ. E o partido que aparentemente representa a classe operária não se preocupou em combater o escândalo da “petropropina”, cujos personagens embolsavam valores equivalentes a milhares de salários de um trabalhador de verdade.

Bem que aqui também mereceríamos a esperança de uma ALTERNATIVA.

Toedter