Regra
fundamental em qualquer investigação é descobrir os reais motivos
do ato sob exame. Os romanos nos deixaram duas palavras-chave, que
nenhum criminalista ignora: CUI BONO? Para o bem de quem?
Nesta
semana os britânicos devem decidir em referendo se permanecem na
União Europeia ou não. O “não” seria o tão falado (e temido?)
BREXIT. Mencionei que estaria sendo temido, porque é o que a
imprensa teleguiada nos está sugerindo. Ou melhor, nos faz deduzir
que é o que os GLOBALISTAS de forma alguma querem que aconteça.
Para eles é da maior importância manter os ingleses na UE, a ponto
de darem excepcional destaque ao ASSASSINATO da parlamentar JO COX,
ocorrido cinco dias atrás. Jo Cox era uma ativista ferrenha a favor
da permanência do Reino Unido, tão engajada quanto o próprio
primeiro-ministro Cameron. A população está dividida, o assunto é
superpartidário, mas, mesmo assim, o governo está fortemente
empenhado em defender o lado do FICO.
Mas
voltemos ao assassinato da Jo Cox. O autor do crime está preso. É
uma obscura figura sobre a qual, ao que parece, só cabe fazer
conjecturas. Entre estas uma das mais curiosas é a que faz reviver o
partido mais longevo, senão o mais longevo, certamente o mais
ressuscitado da história mundial: o autor teria ligações com
setores nazistas! De qualquer forma consta que é a favor do BREXIT e
cometeu ato condenável, assassinando uma jovem, bonita e simpática,
combatente do lado contrário. CUI BONO? Quem se beneficia? Quem é
favorecido por este ato sem lógica, intempestivo, cometido uma
semana antes do referendo, quando as pesquisas estavam dando uma
pequena vantagem para o lado do BREXIT? Dois ou três dias depois os
noticiários já informavam que A VANTAGEM SE INVERTEU!
Lembra
tantos outros casos de assassinatos políticos, ou não? Aqui mesmo,
em 1954 o Major Rubens Florentino Vaz foi assassinado com o intuito
de fazer Getúlio Vargas deixar o governo. O assassinato do
arquiduque austríaco Franz Ferdinand provocou a 1a Guerra
Mundial. Lee Harvey Oswald foi apenas um fantoche no homicídio de
John F.Kennedy. São muitos os casos que a História nos conta.
Neste
caso da Jo Cox o autor seria mesmo um fanático, acreditando que com
isto poderia mudar o curso da história, ou poderia ser uma
conspiração de círculos oficiais, pretendendo influenciar o
resultado da consulta popular? O que seria tão importante para fazer
a tradicional Inglaterra, com sua admirada Rainha Elisabeth, que
acaba de festejar seu 90° aniversário, deixar-se envolver em ato
tão estouvado? Dizem os defensores da permanência e, portanto, a
mídia de forma geral, que a saída provocará prejuízos econômicos
ao Reino Unido. Ora, ora, nunca tantos países europeus passaram por
tantas dificuldades econômicas, como desde que integram essa
comunidade político-econômica, constituída pelo Tratado de
Maastricht em 1993. Ela tem hoje 28 Estados-membros. Mas Noruega,
Suíça, Islândia, Sérvia, Bósnia Herzegóvina, Albânia, Ucrânia
não fazem parte e, exceto a última, ninguém está se queixando.
Logo a Inglaterra, que já foi um império mundial, teria problemas
se deixasse a UE? Não, não é isto. O bloco europeu só tem que ser
ampliado e cada vez mais submetido a leis e parágrafos válidos para
todos, para ser mais fácil dominar suas populações. E os ingleses
não serão exceção.
Acontece
que os ingleses, ou parte deles, acordaram. Essa história de
receberem “refugiados” não é bem a gosto deles. Querem manter
sua identidade e estão desconfiando que o Canal da Mancha, que por
ora ainda retem as avalanches que se espraiam sobre a Europa Central,
um dia deixará de ser obstáculo. Querem se livrar da tutela de
Bruxelas. O que está em jogo é algo mais do que um acompanhamento
do noticiário diário pode indicar. Este referendo tem uma
importância bem maior do que se imagina. Pode sugerir que o atentado
a Jo Cox não é, ou foi, a única medida preventiva. Aguardemos.
Falando
em “refugiados”, soubemos agora da ONU que eles já somam 65
milhões, mas não nos disseram se tudo isso está a caminho, a
caminho de aonde, se é uma expectativa e em que são baseados esses
dados. Lembro-me da Segunda Guerra. Apesar de países tão, ou mais,
destruídos e populações tão, ou mais, sacrificadas, estas NÃO
FUGIAM. Ninguém pensava, a não ser uns poucos privilegiados, em
deixar a pátria, deixar para trás tudo que representava até então
sua vida. Terminada a guerra, estavam lá para reconstruir. Esses 65
milhões, que a ONU contou, deixam suas terras para se dirigir ao
desconhecido? Simples assim? O que fica vira deserto?
Ao
final da Segunda Guerra houve sim, caravanas de refugiados. Eram 13
milhões de alemães DEPORTADOS das terras em que viviam na região
oriental. Terras arrebatadas ilegalmente da Alemanha vencida e
entregue a poloneses, tchecos e russos. Essas caravanas eram
constituídas por mulheres, crianças e velhos e se movimentaram a
pé, com os poucos pertences que lhes foi permitido levar. Os homens
estavam longe, a serviço do seu país, ou já feito prisioneiros, ou
ainda combatendo, ou já tendo tombado. Entre os “refugiados” de
hoje os homens, fortes e jovens, são a maioria.
Um
detalhe: Dos 13 milhões de alemães deportados apenas 7 milhões
chegaram ao seu destino e nenhum jornal do mundo lamentou os que
morreram no caminho.
Voltando
ao nosso tema de hoje a pergunta: Quem é responsável pela morte de
JO COX? Cui bono?
Toedter