Tudo
ficou claro quando Donald Trump discursou para os super-ricos no
tradicional A.Smith-Dinner dia 20 de outubro em Nova York:
Esse bilionário não faz parte do Sistema, essas palavras não são
de alguém que pertença aos Sistêmicos. Trump: “No passado os
políticos me convidavam para as suas casas, apresentavam-me aos
filhos, tornei-me seu melhor amigo. Pediram meu apoio, mas, na
verdade, queriam meu dinheiro. E agora, de repente, dizem que sempre
fui um patife depravado e nojento. … Hillary Clinton é tão
corrupta que até foi posta para fora da Watergate-Comission.
Quanto corrupto a gente deve ser para ser eliminado da dessa
comissão? Hillary está na política desde os anos setenta, mas o
que ela fez? A economia está aniquilada, o governo é corrupto,
Washington desmoronando, e ela pede para ser eleita, porque trabalha
nisso há mais de 30 anos e sabe como resolver.”
Dois
dias depois, sobre o solo histórico de Gettysburg na Pensilvânia,
Trump revelou o seu programa para os primeiros 100 dias de gestão.
Ele disse: “Eu não sou um político, nunca quis ser. Mas, quando
eu vi nossa pátria afundando, sabia que não poderia ficar parado.
Esta terra foi muito boa para mim, eu tinha que fazer alguma coisa. A
mudança deve vir de fora deste Sistema deteriorado. O fato de terem
tentado de todas as formas impedir minha participação nesta
campanha eleitoral, demonstra que as mudanças pretendidas só se
oferecem uma vez na vida de uma pessoa. Conclamo os americanos,
levantem-se sobre o alarde que eles fazem, fiquem acima desta
política suja e perversa. O que vos apresento é o meu plano de ação
de 100 dias, pretendendo que a América volte a ser grande. É um
contrato entre Donald Trump e seus eleitores americanos, que começa
restaurando honestidade e responsabilidade, assim como trará
mudanças para Washington.”
Entre
outros o seu programa para os primeiros cem dias contém as seguintes
alterações: O acordo globalista do NAFTA deverá ser rediscutido e
se desistirá do acordo TPP. Serão criados 25 milhões de novos
postos de trabalho, assegurando uma subsistência à classe média
(Gettisburg faz lembrar a bela canção de Joan Baez: Like my
father before me, I’m a working man/ And like my brother before me,
I took a rebel stand), serão montadas novas forças de segurança
contra crimes violentos e migrantes delinquentes, milhares sendo
deportados. Um muro na fronteira mexicana deterá a avalanche e os
ilegais serão presos. A fim de acabar com a corrupção em
Washington uma PEC deverá limitar os períodos de atividade dos
deputados ao congresso. É um combate anunciado contra um sistema
anti-humano e corrupto dos tempos que estão findando.
(transcrito
e traduzido do National Journal – 23.10.2016) Toedter