5 de dezembro de 2016

T R U M P

Em função do que nos era apresentado durante a campanha, Trump sempre passava para a gente algo de enigmático. Parece que agora já dá para começar a arriscar alguns comentários. Antes de mais nada eu diria que Trump não corre tanto risco de ter um destino de Lincoln, Kennedy, ou outros, como a gente imaginava, tendo em vista a violência da campanha travada contra sua candidatura. Nela se engajou de maneira agressiva praticamente toda a mídia aqui do mundo ocidental. Mas, apesar da grande votação que teve, não parece ser candidato a líder popular, não defende ideologias, não é um Hitler, não pretende levantar barricadas, nem bandeiras. Trump é negociante.

Sua grande virtude é ser contra a Nova Ordem Mundial, contra a NjewWorldOrder, contra o GLOBALISMO. Mas, este mas é importante, tudo indica que pretende ajudar Netanjahu a criar “ERETZ ISRAEL”, a Grande Israel:
Aí tudo se complica. Seria um projeto muito a desagrado do Irã, que é constantemente mencionado por Trump, principalmente no que se refere ao recente acordo nuclear, cujos termos não seriam satisfatórios. Alie-se a isto a verdadeira islamofobia que ele e alguns dos auxiliares, que já nomeou, vêm revelando. E já não fazem diferença entre sunistas, xiitas, mercenários do EI ou muçulmanos. Um Eretz Israel evidentemente eliminaria a questão pendente do Estado Palestino e a capital definitiva dentro deste novo traçado passaria a ser Jerusalém. É claro que este raciocínio representa no seu todo uma ameaça não só para o Islã em geral e Irã, em particular, como também para a Rússia e Turquia e, em termos, não se sabe se ainda existem ou não, para Síria e Iraque. Portanto, com Trump pode crescer o perigo de uma 3a Guerra Mundial.

Antes de deixar esta área militar cabe aqui mencionar a escolha que Trump acaba de fazer para a Secretaria da Defesa. Trata-se do General James Mattis, nas palavras de Trump “Mad Dog Mattis, the closest to General Patton (Cachorro louco Mattis o mais próximo do General Patton). Aqui preciso explicar para quem não sabe ou não se lembra: O General George Patton foi o general americano mais odiado e mais amado pelos seus comandados na Segunda Guerra Mundial. Em 31.8.1945, terminada a guerra, ele disse:
Na verdade o alemão é o único povo decente que vive atualmente na Europa.”
Menos de três meses depois, em 21.12.1945, sofreu estranho e fatal acidente de automóvel. Talvez Trump tenha ignorado este fato.

Quanto ao resto do mundo Trump vai querer – se é que vai ter a autonomia necessária – que cada um cuide do que é seu setor, seu país. Nota-se que o resultado inesperado da eleição americana deixou muita gente perplexa. Dos políticos europeus foi o britânico Nigel Farage o único que mostrou alegria. Trump disse que quer fazer a América “great again” , grande, rica outra vez! Este negócio de ficar sustentando a OTAN, por exemplo, não dá mais. Daqui para a frente o que deve valer é o negócio. Ele atribui mais chance ao bilateral do que ao multilateral tipo TTP. Isto poderia ser uma oportunidade para o Brasil de sair um pouco da subserviência econômica em que se encontra. Se isso prevalecer a União Europeia dificilmente resistirá. E daí muita coisa vai ser diferente.

Grandioso mesmo considero o fato de Trump se posicionar contra o grande engodo do “aquecimento global”. Este fenômeno até pode existir, mas não causado pelo homem. É cíclico. Certo dia na praia um professor geólogo me explicou: “Olha, já houve tempo em que essa praia aqui esteve dez quilômetros a leste daqui.” E mostrou mar afora para o horizonte. Continuou dizendo que também já esteve recuado outros tantos quilômetros terra a dentro. Portanto não é o CO2 que agora vai alterar alguma coisa. É que pegaram o gosto pela MENTIRA. Desde que a tecnologia passou a permitir a edição de dezenas ou centenas de milhares de exemplares de jornais, o rádio atingiu distâncias cada vez maiores e a TV completou a cobertura, descobriram a força da mentira. Fizeram até mesmo o mundo acreditar que um povo assassinou (a chuveiro de gás) seis milhões de pessoas do outro povo. Até os pretensos autores acreditaram…

Acabo de saber de outra mentira, com a qual TRUMP pretende acabar. Isto já durante os primeiros cem dias de governo: VACINAS! Vide The American Tribune. Dizem que ele já fez essa promessa durante a campanha, alegando que as vacinas estão criando doenças, em vez de preveni-las.

Resta-nos aguardar e esperar que as mudanças, que prometem vir, sejam para melhor e que possam nos fazer recuperar a esperança.

Toedter