Em
função do que nos era apresentado durante a campanha, Trump sempre
passava para a gente algo de enigmático. Parece que agora já dá
para começar a arriscar alguns comentários. Antes de mais nada eu
diria que Trump não corre tanto risco de ter um destino de Lincoln,
Kennedy, ou outros, como a gente imaginava, tendo em vista a
violência da campanha travada contra sua candidatura. Nela se
engajou de maneira agressiva praticamente toda a mídia aqui do mundo
ocidental. Mas, apesar da grande votação que teve, não parece ser
candidato a líder popular, não defende ideologias, não é um
Hitler, não pretende levantar barricadas, nem bandeiras. Trump é
negociante.
Sua
grande virtude é ser contra a Nova Ordem Mundial, contra a
NjewWorldOrder, contra o GLOBALISMO. Mas, este mas é
importante, tudo indica que pretende ajudar Netanjahu a criar “ERETZ
ISRAEL”, a Grande Israel:
Aí
tudo se complica. Seria um projeto muito a desagrado do Irã, que é
constantemente mencionado por Trump, principalmente no que se refere
ao recente acordo nuclear, cujos termos não seriam satisfatórios.
Alie-se a isto a verdadeira islamofobia que ele e alguns dos
auxiliares, que já nomeou, vêm revelando. E já não fazem
diferença entre sunistas, xiitas, mercenários do EI ou muçulmanos.
Um Eretz Israel evidentemente eliminaria a questão pendente do
Estado Palestino e a capital definitiva dentro deste novo traçado
passaria a ser Jerusalém. É claro que este raciocínio representa
no seu todo uma ameaça não só para o Islã em geral e Irã, em
particular, como também para a Rússia e Turquia e, em termos, não
se sabe se ainda existem ou não, para Síria e Iraque. Portanto, com
Trump pode crescer o perigo de uma 3a Guerra Mundial.
Antes
de deixar esta área militar cabe aqui mencionar a escolha que Trump
acaba de fazer para a Secretaria da Defesa. Trata-se do General James
Mattis, nas palavras de Trump “Mad Dog Mattis, the
closest to General Patton” (Cachorro louco Mattis o mais
próximo do General Patton). Aqui preciso explicar para quem não
sabe ou não se lembra: O General George Patton foi o general
americano mais odiado e mais amado pelos seus comandados na Segunda
Guerra Mundial. Em 31.8.1945, terminada a guerra, ele disse:
“Na
verdade o alemão é o único povo decente que vive atualmente na
Europa.”
Menos
de três meses depois, em 21.12.1945, sofreu estranho e fatal
acidente de automóvel. Talvez Trump tenha ignorado este fato.
Quanto
ao resto do mundo Trump vai querer – se é que vai ter a autonomia
necessária – que cada um cuide do que é seu setor, seu país.
Nota-se que o resultado inesperado da eleição americana deixou
muita gente perplexa. Dos políticos europeus foi o britânico Nigel
Farage o único que mostrou alegria. Trump disse que quer fazer a
América “great again” , grande, rica outra vez! Este
negócio de ficar sustentando a OTAN, por exemplo, não dá mais.
Daqui para a frente o que deve valer é o negócio. Ele atribui mais
chance ao bilateral do que ao multilateral tipo TTP. Isto poderia ser
uma oportunidade para o Brasil de sair um pouco da subserviência
econômica em que se encontra. Se isso prevalecer a União Europeia
dificilmente resistirá. E daí muita coisa vai ser diferente.
Grandioso
mesmo considero o fato de Trump se posicionar contra o grande engodo
do “aquecimento global”. Este fenômeno até pode existir, mas
não causado pelo homem. É cíclico. Certo dia na praia um professor
geólogo me explicou: “Olha, já houve tempo em que essa praia aqui esteve dez quilômetros a leste daqui.” E mostrou mar afora
para o horizonte. Continuou dizendo que também já esteve recuado
outros tantos quilômetros terra a dentro. Portanto não é o CO2 que
agora vai alterar alguma coisa. É que pegaram o gosto pela MENTIRA.
Desde que a tecnologia passou a permitir a edição de dezenas ou
centenas de milhares de exemplares de jornais, o rádio atingiu
distâncias cada vez maiores e a TV completou a cobertura,
descobriram a força da mentira. Fizeram até mesmo o mundo acreditar
que um povo assassinou (a chuveiro de gás) seis milhões de pessoas
do outro povo. Até os pretensos autores acreditaram…
Acabo
de saber de outra mentira, com a qual TRUMP pretende acabar. Isto já
durante os primeiros cem dias de governo: VACINAS! Vide The American
Tribune. Dizem que ele já fez essa promessa durante a campanha,
alegando que as vacinas estão criando doenças, em vez de
preveni-las.
Resta-nos
aguardar e esperar que as mudanças, que prometem vir, sejam para
melhor e que possam nos fazer recuperar a esperança.
Toedter