Neste
mês haverá eleições na República Federal da Alemanha e estes
dois da foto, Angela Merkel e Martin Schulz, são candidatos ao cargo
de Chanceler, ou seja, ao governo do país. Acabam de se apresentar
no primeiro e único “debate” pré-eleitoral na TV alemã.
Coloquei a palavra entre aspas porque debate não houve. Deram um
show de desrespeito ao público, ao eleitor. Só faltou se oferecerem
flores e desejarem um ao outro o melhor êxito na disputa. Mas
representaram bem o que é a democracia ali praticada. Ela governa o
país desde 2005 e preside o partido CDU e ele é presidente do PSD.
Os dois partidos eram coligados durante a atual gestão até que
recentemente se separaram para que o PSD apresentasse o Schulz como
candidato. É claro que isso tem que ser encarado como jogo com
baralho marcado e não é de admirar que o partido dela apresenta
ampla vantagem nas pesquisas. Até mesmo o SPIEGEL Online abre sua
matéria com o título Der brave Herr Schulz (O
comportado Herr Schulz) e diz que aquilo não é disputa eleitoral. É
de se perguntar se há seriedade nisso.
Mas
afinal que país é este, RFA? República Federal da Alemanha! Esta
nação não existe, porém há sete décadas faz de conta que
realiza eleições, faz de conta que tem partidos políticos, faz de
conta que é uma DEMOCRACIA – até pode ser, uma CRACIA do DEMO,
onde manda SATÃ.
A
RFA é um empreendimento, um negócio, localizado em parte do
território antigamente ocupado pela verdadeira nação chamada
ALEMANHA e onde habita um povo oriundo de cepas dos antigos
germânicos. Era um povo ordeiro, trabalhador, criativo. Marcou sua
presença na história das Artes e das Ciências. Ficou importante no
contexto mundial, o que não agradou àqueles que já exerciam um
domínio sobre a maior parte do planeta. Declararam guerra, a
Primeira Grande Guerra Mundial aos germânicos. Já seria o Tinhoso a
mostrar suas garras.
Através
de uma ardil (14 pontos do presidente Wilson) subjugaram seus
desafetos e lhes impuseram medidas punitivas que seriam a sua
desgraça e, talvez até, poderiam ter determinado o seu
aniquilamento. Mas surgiu-lhes um líder, um líder daqueles que só
aparecem um a cada século. Ele fez seu povo levantar a cabeça,
arregaçar as mangas e voltar a ser alguém neste planeta.
Mas
não podia ser. Não deixaram essa gente curtir seu estado de graça
nem por dez anos, quando aqueles que mandavam no mundo desencadearam
verdadeira hecatombe sobre a pequena nação. Custou-lhe o melhor do
seu sangue. Desmembraram um terço do seu território e o que restou,
ainda hoje, 72 anos depois, permanece ocupado por forças inimigas.
E, do que poucos se lembram, realmente até hoje está em guerra,
apesar de ter deposto armas em 8 de maio de 1945. Até hoje não há
Tratado de Paz com a ALEMANHA. Ao que eu saiba é um caso único na
História. Criou-se em seu lugar essa organização chamada RFA,
suscitando situações esdrúxulas. É o caso da Carta das Nações
Unidas que em seus artigos 53.2 e 107 ainda qualifica a Alemanha como
“nação inimiga”. Aparecem agora questões a respeito de
nacionalidade. Um alemão ou alemã que tenha nascido antes do fim da
guerra é cidadão ou cidadã daquela Alemanha?
Talvez
tudo isso pouco importa. Diante da invasão de alienígenas que a
Europa está sofrendo – e os políticos da RFA incentivando – nem
mesmo eleições serão mais necessárias. Infelizmente.