28 de junho de 2019

FOBIAS e outros MACETES

Exerci a maior parte da minha atividade profissional na área da propaganda. Participei do 1º Congresso Brasileiro de Propaganda, realizado em 1957 no Hotel Glória do Rio de Janeiro. Jovem que eu era, já me preocupava a VERDADE na comunicação pública, tanto que fui dos que apresentaram tese sobre o tema “Código de Ética da Propaganda”, base também para a Lei da Profissão, que teve origem naquele conclave. Quando completei 30 anos de profissão, o IIIº Seminário da Propaganda realizado em Gramado RS em 1981 ainda me conferiu o título de “Publicitário Pioneiro”. Eu nem participara do evento. Já me sentia desiludido da atividade, da qual aprendi a reconhecer a extraordinária força, mas também o mau uso que dela se faz. E hoje mais do que nunca.

Óbvio  que de lá para cá esse mau uso adquiriu status de ciência e são verdadeiros gênios que se dedicam a desenvolver ideias. Nem tanto para vender produtos, mas sim para dirigir a opinião pública, “vender opinião”. A ferramenta que mais eles usam são os bordões, ou palavras-chave, de preferência que sejam semelhantes em vários idiomas. Já falei aqui sobre o fantástico efeito que acabou desenvolvendo a palavra FEMINISMO criando mão de obra mais barata, desfazendo casamentos, criando discórdia, ambições, reduzindo a procriação de populações selecionadas; ou então a palavra
SEXISMO pretendendo significar hostilidade contra a mulher, que hoje, com mais a propaganda que se faz do
FEMINICÍDIO, deve começar a acreditar que homens são verdadeiros trogloditas; ou
DIVERSIDADE que festejando todas as diferenças étnicas e sexuais, busca erradicar as influências da cultura ocidental; ou
DISCRIMINAÇÃO complementa a anterior, porém seletivamente, pois não se aplica a divergências políticas; ou
TOLERÂNCIA igual à anterior, só vista por outro ângulo; ou
RACISMO é diferenciação entre origens raciais, ou
ANTI-SEMITISMO é hostilidade aos judeus, povo este estranhamente privilegiado diante outros povos, para os quais não existe este tipo de proteção; ou
HOMOFOBIA exerce quem é contra a homosexualidade, ou
SUPREMACISMO pratica quem se julga de etnia ou raça superior, ou
DIREITOS HUMANOS são muito usados para proteger quem não tem mais argumentos, ou
PALAVRAS DE ÓDIO alegadas para justificar censura.

Tudo isto, com a divulgação que recebe, naturalmente tem algum objetivo maior e que bom não é. Não creio que se possa dizer que seja construtivo, pelo contrário o propósito desagregador me parece sempre presente. Ainda ontem o noticiário da TV informou que desde 2016 a estatística do FEMINICÍDIO em S.Paulo vem apresentando números crescentes de ano para ano. O que esperavam? Em vez de promover a união e a compreensão entre homem e mulher, o que fazem é incentivar a dissensão.

Com a propaganda desses bordões, graças ao apoio irrestrito que recebem dos meios de comunicação, até a nossa Constituição, a nossa Lei maior é esquecida. Onde ficam “a livre manifestação de pensamento” , a “inviolável liberdade de consciência e de crença”, a “livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”?


Como eu disse, a propaganda é uma atividade poderosa e seu mau uso pode nos levar a um futuro angustiante.